domingo, 4 de outubro de 2009

Os cães ladram, mas a caravana passa.

Sexta feira, dia 2 de outubro de 2009 por volta da 1 e meia da tarde no Brasil, nas areias de Copacabana há uma explosão de alegria diante do anúncio do Rio de Janeiro como sede das olimpíadas de 2016, a decisão tomada na distante capital da Dinamarca é o suficiente para que o Presidente Lula desabafe de forma emocionada afirmando que definitivamente abandonávamos o complexo de vira-lata de Nelson Rodrigues, afinal de contas havíamos ganho na disputa das cidades de primeiríssimo mundo como Tóquio, Madrid e Chicago. (Isso sem falar dos bilhões de investimentos e milhões de empregos que pode gerar um evento desse porte).

Ao mesmo em Tegucigalpa o golpista Michelleti dá sinais de que pretende negociar com Zelaya, numa prova inconteste do sucesso da política externa do atual governo do Brasil que definitivamente, além de ampliar nossas parcerias comerciais e gerar vultuosos superávits, nos colocou definitivamente como uma liderança no âmbito da América Latina.

Entretanto nos arraiais de Moema, Morumbi, Itaim, Mooca, Jardins, na casa dos bem alimentados paulistanos (saudosos do movimento de 1932 ou da marcha de Deus e a família pela liberdade), há um “chororô” generalizado, afinal de contas como eles podem agüentar que o Brasil ouse obter uma posição de destaque no mundo ainda mais sob a liderança do sapo barbudo, nossa aí já é demais NE!!!!!. Até porque eles podem ser descendentes de alemães, italianos, espanhóis, franceses, coreanos, enfim descendentes do raio que o parta menos brasileiros. (Um verdadeiro horror para eles).

Pouco importa se as reservas de petróleo estacionadas próxima ao litoral do Espírito Santo á Santa Catarina (também conhecidas como pré-sal) que se bem utilizadas, podem representar um enorme salto de qualidade ao país, aliás fruto da competência da Petrobrás que se destaca entre as dez maiores empresas do mundo e da Universidade Federal da Bahia que iniciou as pesquisas sobre reservas de petróleo em águas profundas há algumas décadas.

O importante para “eles” e para os “donos” da mídia nativa (Civita, Frias, Marinho e Saads da vida), é ver o Brasil numa posição cada vez mais subalterna, como era exatamente na época do príncipe da sociologia vide o caso do projeto SIVAM que se curvou aos interesses de Bill Clinton e da empresa americana Rayethon lá pelos idos dos anos de 1990.

Muitas vezes me perguntei porque na minha cidade não havia uma avenida chamada “Getúlio Vargas”, hoje mais maduro chego a conclusão de que eles não gostariam nem que tivesse ocorrido a revolução de 1930, pois nessas condições jamais um tal sapo barbudo ousaria sair do torno ou até porque nem haveria um torno e sim um tronco para castigá-lo, pois estaríamos ainda com um belo exportador de “commodities” de café com pleno poder ás oligarquias e jamais teríamos uma Petrobrás e uma Embraer.

Para minha felicidade estamos , apesar dos pesares e aos “trancos e barrancos”, construindo o Brasil que queremos e por mais que os cães ladram a caravana passa.