segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Fumou e tragou.

O príncipe da sociologia dessa vez se superou, em artigo publicado no jornal “Zero Hora”, no melhor estido UDN-LACERDA, lançou manifesto para atiçar a classe média e conclamar os setores reacionários a reagir contra o que ele chamou de sub-peronismo, uma espécie de República Sindical comandanda pelos fundo de pensão, após a vitória de Dilma.

Será uma piada de mau gosto em pleno feriado de finados? Será que ele pirou de vez na falta de Dona Ruth? Ou será que finalmente ele fumou e tragou a maconha que outrora afirmou não ter sorvido?

Seja lá o que for, nas alamedas entre a marginal Pinheiros e a avenida Paulista e no ninho Demo-Tucano essa notícia não foi lá muito bem recebida, afinal de contas, até as pedrass imóveis na praia sabem que qualquer aparição do princípe faz com que a candidatura adversária suba como um cometa.

Certa vez um amigo de infância me questionou de forma enfática o porquê da minha “implicância” com o príncipe, afinal de contas ele foi professor da FFLCH, teve um passado de “esquerda” e resistiu “bravamente” a ditadura militar.

Não bastava afirmar para o mesmo, que quando ele esteve pelo Alvorada tentou "apagar" de todas as formas tudo que escreveu como "intelectual" , lembrando que "vossa alteza" teve como principal obra a chamada teoria da dependência, que diga-se de passagem é mediocre diante de outras interpretrações sobre o Brasil.

Não bastava afirmar também que o “desmantelamento da herança varguista” teve como resultado um país que duplicou sua dívida com o mercado sem construir um alfiente, pedido de "pinico" ao FMI três vezes, entre outras pérolas como Daniel Dantas, Salvatore Cacciola, Contas CC-5, Ilhas Cayman (Pergunte ao delegado Protógenes) e vai por aí afora.

Afinal de contas para quem fala francês na Sourbone, a corrupção tem que atingir um patamar de crime financeiro, gente fina é outra coisa né?

Mas como sou curioso pesquisei algo que tantasse provar que eu não estava sendo implicante com uma figura tão elegante como o príncipe, e a resposta veio no livro “O príncipe da Moeda” de Gilberto Vasconcelos e na bem documentada obra “Quem pagou a conta? A CIA na guerra fria da cultura.”

Como sabemos o príncipe não passou o menor aperto no período da ditadura, afinal parece que tinha “costas quentes”, foi exilado e quando voltou, atráves do CEBRAP(centro de pesquisas fundado por ele em 1968), recebeu incentivos monetários da fundação FORD.

Para o autor do Princípe da Moeda, a fundação citada era uma “agência do imperialismo” em terras tupiniquins e que na realidade cultivou entre coleguinas da USP a noção de que o inimigo principal era Getúlio Vargas e o chamado “populismo”.

Afinal de contas, o príncipe e seus coleguinhas (Weffort's da vida) pregavam a revolução frequentando os salões quatrocentões da elite paulistana sem levar em conta a “questão nacional” como estratégica, Afinal de contas o povo que fume maconha estragada né princípe?